Aurelindo Jaime Ceia
A Construção de Um Gesto

[24.10.2020 - 23.12.2020]
Galeria Câmara Clara

  • Curadoria: David Santos

    Recolhe dezenas de projectos desenhados para a Cooperativa, ao longo dos primeiros vinte e poucos anos, para além de alguns trabalhos produzidos para outros eventos em Torres Vedras. No primeiro piso da exposição, podemos encontrar desde cartazes a livros, passando jornais a folhas de sala. Pretende-se no segundo piso aprofundar a abordagem projectos de A. Ceia e as suas referências, bem como a importância do desenho, da pintura, do cinema e da música na construção de um olhar singular da realidade.

Antero Valério
De/Para

[24.10.2020 - 23.12.2020]
Galeria Câmara Escura

  • Curadoria: Leonor Fonseca

    Organizado pela Cooperativa de Comunicação e Cultura (CCC), 'de/para' é uma exposição que propõe mostrar alguns trabalhos recentes de Antero Valério. No âmbito do 41º aniversário da CCC, 'de/para' espelha a relação entre o artista e a cooperativa.

João Francisco Vilhena
O Amor Mata

[12.09.2020 - 16.10.2020]
Galeria Câmara Escura e Galeria Câmara Clara

  • Curadoria: Leonor Fonseca

    "Matei-a com um tiro, perfurando com estrondo o tédio que me contaminou. No entanto adorava-a, com um ódio que me corroía a alma. O seu corpo estremeceu abandonado no chão de madeira. Morri com ela, acompanhei o trajeto do seu sangue ao encontro da minha crueldade. A humanidade deixou de fazer sentido, amava-a de morte mas não a entendia (...)" excerto do texto 'Sangue' de João Francisco Vilhena

João Henriques
Rio — Uma geografia sentimental

[27.07.2020 - 04.09.2020]
Galeria Câmara Escura

  • Neste projecto, João Henriques explorou visualmente o território onde nasceu, e também a sua família mais próxima, entre a nascente e a foz do Rio Nabão, na região entre Ansião e Tomar.

    A água enquanto suporte temático e as ligações da família com o território remetem para uma “geografia sentimental”, termo que, no entanto, procura exceder o sentimentalismo visual, antes plasmando-se em algo que pode ser simultaneamente objetivo e subjetivo, pessoal e coletivo, que remete ao ver e ao sentir e aquilo que está na superfície, mas também na profundidade.

    Quiçá, a um jogo visual entre figura e fundo: até determinada altura o rio foi uma figura central no desenvolvimento regional, através da economia das fábricas de papel e de fiação que ao longo dele de implataram; actualmente, tendo já perdido este protagonismo, o rio surge como plano de fundo a outras figuras, formas e narrativas. Se a identidade fotográfica já é reconhecida como algo ambíguo, entre a arte e o documento, a fotografia enquanto representação da paisagem parece adensar essa característica, pela introdução de questões de ordem fenomenológica e do território, através da interrogação do sentido do lugar através da imagem, ou da paisagem enquanto modo de ver, ou até, de modo ecológico, da diluição da barreira invisível entre a consciência humana e o mundo natural.

    O primeiro álibi que usei para faltar às aulas foi o rio Nabão, era Junho, andava no sexto ano, o calor e a aborrecida disciplina de Trabalhos Manuais pediam insistentemente por outras aventuras e águas mais refrescantes. Passados 30 anos voltei ao rio, e a estudar, o mergulho físico agora substituído pelo visual, num território ao longo do qual nasci eu e meus pais, um lugar porventura familiar, mas paradoxalmente desconhecido. Trabalho que constituiu parte da minha tese do Mestrado em Fotografia, no Instituto Politécnico de Tomar.