Organização: Cooperativa de Comunicação e Cultura; Inês Mourão e Mário Rosado; Galeria Municipal Paços do Concelho; Catarina Sobreiro e Raquel Abreu
Colaboração: Transforma e Tiago Miranda e Eliana Nicolau
O Mercado Municipal de Torres Vedras, comomente denominado de “Praça”, revela-se um espaço extremamente propício e rico para a exploração e a afirmação do “olhar” fotográfico. Nesse verdadeiro palco de sinestesias, cruzam-se, ao longo dos anos, um sem número de rostos, inúmeres histórias e milhares de vidas. “Praça” representa, as imagens captadas “pelo olhar” de um conjunto de fotógrafos. O objectivo final de todo o percurso pleno de etapas foi a realização de uma intalação fotográfica, referente ao trabalho de campo realizado ao longo de vários meses, apresentando as imagens captadas pelos fotógrafos “reedificar: um olhar sobre a praça e as suas gentes”.
A todos eles, fotógrafos e gentes da praça o nosso muito obrigado!

Nos trabalhos apresentados nesta exposição estão interpretados os sete pecados capitais na forma de sete virtudes. Com um tratamento esotérico na utilização da composição e do campo cromático, no equilíbrio da unidade do tratamento e na representação de inspiração freudiana do corpo humano. À postura, o gesto dos personagens em relação ao tema tratado, pode à primeira vista parecer grotesco como fachada, mas sublime em profundidade.Assim, o autor trás com estas obras, aos nossos olhos, à nossa percepção, à nossa apreciação e à actividade da nossa inteligência, uma temática ancestral imposta biblicamente, tratada de forma completamente moderna.

As peças expostas estabelecem uma relação com a identidade de um lugar e quem o habita, há uma referência a bens materiais e imateriais que pelas suas características distinguem a identidade de um lugar.
São momentos representados em fragmentos que referem vivências, detalhes, coisas que reconhecem um sítio. Cada peça tem uma identidade própria e quando agrupada com outras traduzem uma ideia, uma história.

Expressões Lorosae pretende ser, através do retrato, uma mostra, uma expressão, o quanto possível fiel, da alma timorense captada pela objectiva do autor. Um trabalho que teve o privilégio de realizar durante a sua estada em Timor Leste, no final de 1999, onde, a pedido da ONU e representando a EDP, participou no levantamento do sector eléctrico, sua reorganização e reconstrução.
Todos os registos foram efectuados em película a preto e branco e os que agora expõe ampliados por si no formato 30x40cm. Foi-lhe muito grato ter captado momentos únicos da vida dos timorenses e poder partilhar imagens de rara beleza recolhidas nos locais mais recônditos e de difícil acesso.

A fotografia de paisagem tem na sua génese duas características que parecem ainda rodear uma larga fatia da recepção contemporânea sobre a mesma: por um lado, a noção da paisagem paradisíaca, embebida de um romantismo sublime, e por outro, como objecto que fornece uma metáfora visual para as emoções do autor no momento do seu registo. Podendo servir como ilustração das virtudes intemporais da natureza ou como da fotografia de paisagem para além do virtuosismo, do formalismo estético ou da auto-reflexão, sem que desse acto resulte uma recusa ou desintegração desses conceitos.
Visando questionar a maneira como a representação da paisagem e até a própria paisagem é apreciada, criaram-se pares de imagens, efectuadas a 180 graus uma da outra.